Vereador ressalta que integrar grupo de Cidades Emergentes e Sustentáveis fará JP ter desenvolvimento divisor de águas

por Haryson Alves — publicado 12/06/2018 21h00, última modificação 10/07/2019 17h07
Lucas de Brito (PV) deu detalhes de ações estratégicas que serão executadas ao longo de 20 anos

O vereador Lucas de Brito (PV) destacou que as iniciativas provenientes da participação de João Pessoa dentro do conjunto de Cidades Emergentes e Sustentáveis, programa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), serão um divisor de águas. Sua fala em tribuna, na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta manhã de quarta-feira (13), frisou que a cidade, conhecida por ter muitos funcionários públicos, poderá ser reconhecida pelo número de empreendedores, após as ações previstas para a Capital, a partir da liberação de mais de U$ 100 milhões para ações que priorizam o desenvolvimento estratégico em duas décadas.

“Esse plano de ação será um divisor de águas entre a João Pessoa de antes e a que será após ele. Pela primeira vez, a Capital vai trabalhar com planos de desenvolvimento estratégico para 20 anos à frente. Os recursos foram liberados para que a cidade se desenvolva com sustentabilidade, devido à capacidade de gestão, ao equilíbrio fiscal e o potencial de conseguir resolver seus problemas de gestão. João Pessoa, conhecida como cidade de funcionários públicos, será de desenvolvimento pulsante e de empreendedores, ratificando o título de ‘cidade criativa’, concedido pela Unesco”, destacou Lucas de Brito.

Segundo o parlamentar, a partir das ações previstas, o cidadão poderá se tornar um gerador de riqueza, pela economia criativa e empreendedorismo, em um ambiente sociocultural que impulsione, como por exemplo, no Centro Histórico, a atuação de empresas de inovação e tecnologia, de startups, entre outras.

“Aproximadamente 70% do orçamento da Capital é gasto com folha de pagamento, sobrando 30% de R$ 1,7 bilhões para investir na cidade. Os recursos provenientes através do plano de ação das Cidades Emergentes Sustentáveis serão importantes para inovar na gestão, como a transformação do Lixão do Róger em parque municipal. Famílias pessoenses serão reassentadas, resolvendo o problema da falta de moradia e da retirada da população ribeirinha de áreas de vulnerabilidade, com mais de 2 mil unidades habitacionais que poderão ser entregues”, citou Lucas de Brito, antecipando que os processos administrativos municipais poderão se transformar em eletrônicos.

Em aparte, Marcos Henriques (PT) contou que tem estudado algumas questões sobre o BID e participado de algumas audiências da instituição bancária. “Para conceder o crédito, o recurso não sairá do nada. Técnicos examinaram estatísticas, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Capital e de vulnerabilidade social, mostrando que a cidade está entre os municípios que mais são vulneráveis socialmente, motivo pelo qual também o BID liberou o crédito. Não vejo só como mérito mas também como demérito. Apesar disso, comemoro tal conquista”, comentou.

Para Carlão (PSDC), seria difícil para a oposição entender que João Pessoa está crescendo. “Dizer que Vitória (ES) e Floripa (SC) têm IDH baixo [as Capitais estão, junto a João Pessoa, Palmas (TO) e Goiânia (GO) entre as beneficiadas pelo BID] é agredir os ouvidos de qualquer semianalfabeto. Tal iniciativa mostra a grande gestão da Prefeitura e desta Casa para com a cidade”, atestou.

Por sua vez, Milanez Neto (PTB) defendeu que o maior reconhecimento à atual gestão da cidade tem vindo das ruas, do povo. “A sociedade tem reconhecido a gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PV). A liberação de U$ 100 milhões, no momento em que se vive a pior recessão, desde 2004, é uma mostra de que a cidade continua avançando, seja pela inauguração da UPA dos bancários, com escola bilíngue, ou reparando erros ambientais decorrentes da construção da Estação Ciência. O crescimento de João Pessoa e a premiação de cidade sustentável têm muito que aperrear as oposições”, alegou o parlamentar.