Vereador sugere investimento público em retiros religiosos durante carnaval

por Clarisse Oliveira — publicado 06/03/2019 21h00, última modificação 29/06/2019 12h14
Segundo Carlão (PSDC), se há verba pública direcionada para festas carnavalescas de rua, deve haver uma parte direcionada para os retiros religiosos

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (7), o vereador Carlão (PSDC) relatou sobre sua participação em retiros religiosos durante o carnaval e sugeriu que haja investimentos públicos para a realização desses eventos. O parlamentar defendeu que, se há destinação de verbas públicas para a realização de festividades carnavalescas de rua, também deve haver para eventos religiosos.

Carlão contou que há dez anos participa de retiros religiosos durante o período carnavalesco e destacou a importância desses eventos para os participantes. “Nos retiros consigo distinguir a alegria momentânea da alegria eterna. Esses quatro dias são muito importantes para vivenciarmos o amor e a misericórdia de Deus. Vejo a transformação que esses retiros fazem nas pessoas, eles trazem a verdadeira alegria”, afirmou.

Citando Madre Teresa de Calcutá, o parlamentar afirmou que “Deus não nos chamou a ser um sucesso, nos chamou a ser servos”. Ele relacionou os servos da frase às pessoas que fazem parte das comunidades religiosas, como fiéis e padres de igrejas e de comunidades, como a Consolação Misericordiosa, a Casa da Paz e a Doce Mãe de Deus. “São dezenas de comunidades e paróquias que, sem um real de dinheiro público, fazem retiros sem matar ninguém”, declarou.

Para Carlão, se há investimentos em carnaval de rua, deve haver em retiros. “Será que não é hora de destinar recursos para os retiros? Por que não destinar verbas para aqueles que acolhem e transformam as pessoas? Pelo menos 10% dos investimentos destinados às festividades carnavalescas poderiam ir para os retiros católicos e evangélicos. Se existe investimento em carnaval de rua, deve haver no carnaval das igrejas”, sugeriu Carlão. Ele ainda reforçou que não defende investimentos públicos para o carnaval e, sim, para áreas essenciais como saúde e educação.