Vereador volta a solicitar audiência com prefeito de João Pessoa durante discurso na Câmara

por Haryson Alves — publicado 03/12/2018 22h00, última modificação 30/06/2019 14h04
Líder oposicionista, Leo Bezerra (PSB) alegou não receber respostas do Executivo a pedidos de seu gabinete

“Solicito, mais uma vez, uma audiência com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), junto ao Tribunal de Justiça (TJ), o Ministério Público (MP) e a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP)”, apelou o vereador, líder oposicionista, Leo Bezerra (PSB), ao utilizar a tribuna da Casa Napoleão Laureano, em sessão ordinária nesta manhã de terça-feira (4). Segundo ele, não há diálogo com o Executivo.

“Fica aqui a tristeza de ter um prefeito que não dialoga e que é taxado de ‘Rei dos Vetos’. Não cabe mais um gestor que não conversar, que não recebe um vereador”, disse o parlamentar, revelando estar triste em não conseguir realizar ações de seu mandato, em virtude da falta de diálogo e de respostas do Executivo a pedidos de seu gabinete.

“Solicitei audiência com Luciano Cartaxo (PV) e não tive nem respostas. Tentei dialogar, olhando nos olhos do prefeito, para tratar de um projeto de minha autoria, sobre a implementação do prontuário eletrônico na rede de saúde da Capital. Queria saber do prefeito o que a gestão viu de inconstitucional na matéria”, afirmou Leo Bezerra, que disse querer tratar com o chefe do Executivo também dos pacientes que estão em lista de espera para realizar exames médicos na cidade.

Segundo Bruno Farias (PPS), haveria um veto de natureza política a determinadas matérias da CMJP. “Não é porque é uma propositura de um parlamentar da oposição, que a prerrogativa deve ser descartada”, opinou o parlamentar.

“Gostaria de saber se Leo Bezerra ainda quer uma audiência com o prefeito, pois ele está aberto a atender vereadores diariamente. É importante que façamos o debate político e jurídico com relação a vetos. Se há recomendações de órgãos como MP e TJ a matérias como a que disciplina a lista de espera por exames médicos, que tais recomendações sejam encaminhadas à Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa (CCJ), para que tudo seja analisado”, comentou o líder situacionista e presidente da CCJ, Milanez Neto (PTB).