Vereadora cobra cumprimento de horários dos transportes coletivos urbanos de JP
A vereadora Helena Holanda (Progressistas) cobrou das empresas de transportes coletivos da Capital o cumprimento dos horários preestabelecidos para a passagem dos ônibus nas paradas. A parlamentar afirmou que acontecem atrasos de até duas horas, principalmente em locais de grande circulação de idosos e pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Helena Holanda se pronunciou durante a sessão desta terça-feira (5), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).
Segundo a vereadora, nas imediações da Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), do Instituto dos Cegos e do Centro de Atividades Especiais Helena Holanda (CAEHH) as pessoas esperam até duas horas pelos ônibus nas paradas. A parlamentar pediu que haja fiscalização para o devido cumprimento dos horários.
“O ônibus passa de 9h30 e só vai passar outra vez ao meio dia. Idosos e deficientes precisam pedir carona ou ir a pé até a Avenida Epitácio Pessoa para não terem que esperar. Peço aos donos e diretores de empresas de transportes e fiscais que escutem o apelo para que os horários voltarem ao normal. Se passarmos às 17h nesses locais, vamos ver várias pessoas acumuladas esperando o transporte. É um absurdo”, avaliou.
Desrespeito à reserva de vagas de estacionamento
Helena Holanda ainda pediu o aumento da fiscalização para o cumprimento das normas que garantem a reserva de vagas destinadas às pessoas com deficiência e aos idosos em estabelecimentos da Capital. “Peço aos vigilantes que ficam em shoppings e supermercados, guardando as vagas de pessoas com deficiência, idosos e grávidas, que façam uma fiscalização maior. Os deficientes não estão conseguindo estacionar por falta de vagas, que estão sendo usadas por pessoas sem deficiência. Essas pessoas precisam respeitar os lugares reservados”, afirmou.
De acordo com a parlamentar, algumas pessoas até usam o carro e a identificação de deficientes para fazer uso das vagas exclusivas. “Vi um rapaz usar a vaga de deficiente com o cartão de uma senhora com a desculpa de que 'deficiente não vai a shopping'. Não importa se o deficiente não está na vaga naquele momento, as vagas devem ser respeitadas. Hoje o deficiente estaciona longe e tem dificuldades de chegar no destino, porque tem pessoas que não têm deficiência e se acham no direito de invadir esse espaço”, declarou.
Apartes
Sérgio da Sac (Solidariedade) afirmou que está elaborando um projeto de lei para aumentar o número de vagas reservadas às pessoas com deficiência. Sandra Marrocos (PSB) alertou que vai realizar uma audiência pública para debater, juntamente com o Mestrado de Direito do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) e a sociedade, os direitos e as políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência. Já o vereador Marcos Henriques (PT) denunciou a insuficiência de transportes coletivos no Bairro das Indústrias e a falta de acessibilidade nos ônibus.