Vereadora cobra respeito e solidariedade para pessoas com ‘Síndrome de Asperger’
O principal tema do pronunciamento da vereadora Helena Holanda (Progressistas) foram as desventuras das pessoas com ‘Síndrome de Asperger’ para serem aceitas na sociedade. Da tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária desta terça-feira (3), a vereadora cobrou respeito e solidariedade a quem é portador desse espectro de autismo.
A vereadora explicou que Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico enquadrado dentro da categoria Transtornos do Neurodesenvolvimento, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), e que assim como o autismo, foi incorporada a um novo termo médico e englobador, chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
“Essa síndrome afeta a forma como as pessoas percebem o mundo e interagem com os outros. Portadores de Asperger veem, ouvem e sentem o mundo de forma diferente de outras pessoas. Não é uma doença e, portanto, não pode ser “curada”. No entanto, há uma série de estratégias e abordagens úteis para melhores condições de vida”, ressaltou.
Helena Holanda ainda destacou que o Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de ‘déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia’. “Apesar da dificuldade de sociabilização pessoas com Asperger são capazes de serem cidadãos produtivos para sociedade. É preciso acreditar no potencial de cada um. Com empenho e efetiva atenção essas pessoas podem desenvolver suas potencialidades e podem se profissionalizar e formar família, tendo uma vida ativa e eficaz na sociedade".
A parlamentar também chamou atenção sobre como a sociedade quem tem Asperger, sendo muitas vezes de forma zombeteira e desrespeitosa, sem compreender as suas deficiências e potencialidades.
“Muitas vezes vemos desrespeito a um jovem com esse espectro, apenas porque não se compreende que há limitações em relação à interação com os outros e ao convívio social. A sociedade precisa parar de rir das pessoas com Asperger e de estacionarem seus carrões nas vagas delas. Elas têm esse direito estabelecido por lei. Eles precisam ser respeitados e amados como seres humanos. Peço aos gestores que tenham atenção com as instituições voltadas para essas pessoas. Essa instituições sempre fazem trabalho voluntário. Estarei sempre lutando por eles”, finalizou