Vereadora critica destinação de dinheiro público a manifestações culturais que agridem religiosidades

por Haryson Alves — publicado 27/02/2020 15h09, última modificação 27/02/2020 15h09
Colaboradores: Foto: Olenildo Nascimento
Eliza Virgínia (Progressistas) anunciou que pretende criar PL para coibir a prática

A vereadora Eliza Virgínia (Progressistas) pretende desenvolver um Projeto de Lei (PL) a partir do qual o Poder Público seja proibido de custear manifestações artísticas que insultem as religiosidades. O anúncio foi realizado durante discurso, na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta manhã de quinta-feira (27).

A cristofobia está cada vez mais presente no povo brasileiro. Sou a favor da liberdade de expressão, mas quero chamar a atenção para o respeito”, alertou Eliza Virgínia, ao condenar a forma como a escola de samba carioca Mangueira retratou Jesus no Carnaval 2020. A agremiação apresentou em seu desfile diversas representações de Cristo, a exemplo, na figura de mulher, índio, negro e também coberto de furos de balas. 

Segundo a parlamentar, apresenta-se no Brasil um cenário de intolerância religiosa em que a fé é ofendida. “Estamos vivendo um ataque frontal à nossa religiosidade. E por quê pagar com dinheiro público para agremiações desmerecerem a fé de muitos? Estamos estudando a possibilidade de formular um projeto para que o Poder Público seja proibido de custear qualquer manifestação artística que afronte a fé e a religiosidade das pessoas”, adiantou Eliza Virgínia.

Acho um absurdo o dinheiro público custear manifestações que agridam e violentam outras pessoas, mesmo que no campo da fé. No entanto, defendo que o Carnaval seja autossustentável, que se banque. Além disso, a festa tem um retorno positivo, pois ao investir em cultura, promove-se geração de emprego e renda, redução da criminalidade e também integração comunitária”, relatou Lucas de Brito (PV), em aparte.