Vereadora denuncia falta de pagamento de músicos referente ao “Natal Luz” de 2013
A vereadora Sandra Marrocos (PSB) replicou uma carta da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSM-JP) com diversas denúncias contra a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), entre elas, a falta de pagamento de cachês referente ao concerto “Natal Luz” realizado em 2013. A parlamentar foi a primeira a se pronunciar na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária desta quarta-feira (16).
De acordo com a carta, no ano de 2013, a Orquestra realizou seis concertos de Natal, ao invés de um só, como ocorria tradicionalmente. Para cada músico, foi oferecida a quantia de mais R$ 800,00 pelos concertos acrescidos, mas esse valor ainda não foi pago. Segundo a vereadora, na carta recebida também há relatos de atrasos recorrentes em pagamentos dos músicos em outros eventos.
“Tanto os músicos da Orquestra quanto os convidados, até hoje, não receberam seus cachês de 2013. Assim como aconteceu no samba, acontece na música clássica. Os artistas são pais e mães de família e sobrevivem da música. A Funjope desrespeita, atrasa e muitas vezes não paga os artistas. Além disso, demitem e exoneram os músicos que se contrapõem ou vão cobrar seus direitos”, denunciou.
A vereadora citou também a falta de pagamento à Orquestra referente às apresentações de abertura e encerramento do Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa de 2014 e que, devido a essa falta de pagamento, os músicos não vão participar da edição de 2016 do Festival. “Os músicos não participarão do Festival deste ano. Queremos saber como um festival de música pago pelo contribuinte de João Pessoa vai deixar os artistas pessoenses de fora”, questionou.
Parlamentar questiona transparência de licitação
Sandra Marrocos ainda questionou a transparência da licitação referente à empresa que vai realizar o 3º Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa. Segundo a parlamentar, a empresa ganhadora foi a mesma que realizou as duas primeiras edições.
“O processo licitatório foi, no mínimo, duvidoso. Questiono a transparência desse trâmite. Foi a mesma empresa que ganhou as duas primeiras edições do Festival. E também, no pregão eletrônico, lances menores realizados não foram aceitos pelo leiloeiro. Isso está chegando ao limite do desrespeito e eu não permito que desrespeitem o movimento cultural de João Pessoa”, declarou.