Vereadora destaca possíveis irregularidades no uso de verba pública para o combate à Covid-19

por Clarisse Oliveira publicado 20/04/2021 14h51, última modificação 20/04/2021 14h51
Colaboradores: Foto: Juliana Santos
Eliza Virgínia também defendeu a administração de medicamentos para tratamento inicial contra o coronavírus

A vereadora Eliza Virgínia (Progressistas) usou seu pronunciamento na sessão desta terça-feira (20), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para destacar possíveis irregularidade no uso de dinheiro público voltado ao combate à Covid-19 por Estados e Prefeituras do Brasil. Ela também defendeu o tratamento inicial do vírus com medicamentos prescritos por médicos.

A Comissão Parlamentar de Inquérito, que está sendo aberta para a apuração de irregularidades de prefeitos e governadores na pandemia parece já estar surtindo efeitos, mudando as bandeiras dos estados, de vermelha para amarela, de amarela para azul. Muito importante esse tratamento efetivo”, ironizou a parlamentar insinuando que o início das investigações está motivando a mudança das bandeiras dos estados, que indicam os níveis de restrição de mobilidade de acordo com a ocupação da rede hospitalar.

A parlamentar mostrou um vídeo que citava algumas falhas de administrações no uso do dinheiro público. “Foram possíveis irregularidades na compra de respiradores, superfaturamento, compra de monitores no lugar de respiradores, pagamento por cartilha distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Esses são alguns exemplos do uso de nosso dinheiro público, dinheiro colocado à disposição de governadores e prefeitos para usarem no combate à Covid-19, não para superfaturar. O remédio CPI vai funcionar”, enfatizou Eliza Virgínia. 

Para Eliza Virgínia, é preciso fazer uso do tratamento inicial no combate ao vírus. Ela ressaltou que o secretário de Saúde Fábio Rocha está colocando à disposição os medicamentos usados no tratamento imediato para os usuários. “Se o médico fizer a prescrição desses remédios, o paciente do SUS vai ter acesso, seja vitamina D, hidroxicloroquina, ivermectina ou azitromicina”, destacou.

Não duvidem dessa doença, nós temos que nos preocupar, usar máscaras, lavar as mãos, usar álcool em gel, tudo que tiver disponível. Em uma guerra temos que usar todos os tipos de armas para atacar nosso inimigo e combater a Covid-19”, enfatizou.

Apartes

O vereador Marcos Henriques (PT) afirmou que tem posicionamentos diferentes a respeito do tratamento inicial e defendeu a investigação do mau uso do dinheiro público “Qualquer irregularidade é importante que seja apurada. O fato de haver corrupção não quer dizer que o governo não deveria ter repassado recursos. Se houve malversação, tem que ser apurada. Agora a gente precisa discutir na CPI porque chegamos a esse ponto na pandemia. Será que o governo não é responsável?”, indagou o petista.

O vereador Carlão (Patriota) e o vereador Dr. Luís Flávio (PSDB) se acostaram ao pronunciamento da parlamentar sobre o tratamento inicial. “O grande problema foi o termo tratamento precoce. Assim faz parecer que tem medicamentos específicos para aquele tipo de doença, e não é bem assim. Foi uma grande confusão gerada. Temos que aumentar nossas defesas e diminuir a carga viral, que é o tamanho da agressão. Esse tratamento diminui o tamanho do vírus. Acredito que medidas medicamentosas ajudam nosso organismo a se defender de vários organismos virais, não somente a Covid-19”, corroborou Luís Flávio.