Vereadora destaca trabalho nas comunidades durante pronunciamento na Câmara de JP

por Paulo de Pádua — publicado 13/08/2018 21h00, última modificação 03/07/2019 12h14
Raíssa Lacerda (PSD) rebate acusações e afirma que nenhuma comunidade pode ser discriminada

A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) rebateu, nesta terça-feira (14), as insinuações feitas por um portal de notícias de que a parlamentar teria ligação com uma eventual facção criminosa num bairro da cidade de João Pessoa, através de um evento promovido por tal facção. Ela negou e disse, durante seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa, que essa história pode ter surgido depois das denúncias feitas por ela na semana passada contra a gestão municipal, envolvendo a operação policial “Cidade Luz” na cidade de Patos. Raíssa Lacerda contou que esteve no bairro de São José visitando os moradores e amigos e recebeu, na ocasião, as reclamações de vários moradores, como a construção de uma ponte no bairro, quando foi convidada por um morador a participar de um aniversário que estava ocorrendo no local. “Fui convidada a participar de um aniversário, brinquei com eles e fiz um vídeo”, disse. Raíssa informou que visita as comunidades da cidade, corriqueiramente, durante os quatro anos de mandato. “Conheço uma por uma. Vou ao Baleado, em Cruz das Armas, ao Cangote de Urubu, ao Bola da Rede, Bairro dos Novais, Cabral Batista. E também vou no bairro São José”, pontuou. De acordo com a vereadora, comunidade nenhuma da Capital pode ser discriminada, nem ser taxada como sendo local de facção criminosa. “Comunidade tem trabalhador, tem um pastor, tem um padre, tem a secretária doméstica e tem o professor. A gente não pode ter esse tipo de preconceito não”, afirmou. Na opinião de Raíssa Lacerda, é nas comunidades onde existem os maiores problemas sociais, como a falta de saneamento, calçamento, ruas esburacadas e “muito sofrimento”. Ela informou, também, que vem recebendo inúmeros apoios de solidariedade e chegou até a ser chamada, por alguns moradores, como “Rainha das Favelas”. Ainda na tribuna, Raíssa garantiu não ter dúvidas de que a verdade prevalecerá: “Esse joelho aqui só dobra para o Rei. Poder, só quem tem é Deus! Eu sou filha do dono do Mundo. Calunia e difamação! Jesus é verdade, caminho e vida. A verdade sempre aparece”, acrescentou a vereadora, lembrando que fez um Boletim de Ocorrência (B.O.) e que a Polícia Civil já está investigando o caso. Apartes Raíssa Lacerda também recebeu a solidariedade, em apartes, dos vereadores do PSB, Tibério Limeira, Sandra Marrocos e Leo Bezerra, além de Bruno Farias (PPS). Sandra entende que as pessoas que moram nas comunidades são, na verdade, as filhas e os filhos do povo. Ela acredita que esse tipo de preconceito é para causar segregação, exclusão social e, cada vez, o aumento das pessoas em situação de pobreza. Para Tibério, a sociedade não pode estigmatizar as pessoas que vivem nas comunidades. “São pessoas que dão um duro danado e constroem, junto com muita gente, a cidade de João Pessoa”, afirmou. Leo Bezerra considerou um desrespeito a tentativa de manchar a imagem de Raíssa. Segundo ele, tentaram desrespeitar não só o mandato da vereadora mas também a sua família, que tem uma história limpa. “Seu pai, José Lacerda Neto, é um homem íntegro e honesto. Uma filha de José Lacerda Neto jamais seria parceira de uma organização como essa”, enfatizou. Por sua vez, Bruno Farias, que presidia os trabalhos da sessão, esperou Raíssa concluir seu pronunciamento para puder prestar solidariedade a companheira de Parlamento. “Retidão, caráter decência e, sobretudo do coração generoso que vossa excelência tem. Mulher temente a Deus e guerreira. Tenho certeza de que esse desencontro não vai abalar a imagem e a honrabilidade de vossa excelência”, comentou Bruno.