Vereadora pede que acessibilidade seja garantida em locais públicos e privados
“24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Na Paraíba, esse valor chega a 27%”, citou a vereadora Helena Holanda (PP), ao abrir os discursos em tribuna, na sessão ordinária desta quinta-feira (9), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). A acessibilidade foi o tema central de seu pronunciamento, no qual a parlamentar revalidou o seu lema de trabalho: “Olhando João Pessoa de uma forma especial”, a fim de dar visibilidade às pessoas com deficiência e idosas.
Revelando ter uma vivência de mais de 25 anos na militância por esses grupos sociais, Helena Holanda destacou os problemas que tem observado na Capital referentes a essa temática. Ela pediu que repartições e entidades públicas e privadas tenham portas alargadas, pias rebaixadas, travas nas portas, rampas, corrimãos, placas táteis, piso especial para cegos, entre diversas adaptações garantidas por lei.
“Pessoas convivem diariamente em ambientes sem acessibilidade, e observo que há falta de compromisso com essa parcela da população. Faltam rampas de acesso em prédios, há bocas de lobo abertas pelas vias da cidade ocasionando acidentes, há calçadas mal restauradas, não há respeito ao atendimento prioritário para deficientes e idosos em repartições públicas, privadas, clínicas, entre outros locais onde também não há a disponibilização de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Precisamos atender melhor e com dignidade pessoas com mobilidade reduzida, com autismo, perturbações mentais ou com outras deficiências”, ressaltou a vereadora. Outro problema que Helena Holanda detectou na cidade diz respeito aos ônibus adaptados.
"O manuseio de plataformas elevatórias demora de 15 a 20 minutos para que se consiga colocar um cadeirante dentro do ônibus ou para que ele possa sair do veículo nas paradas. É pior quando só há o motorista para dirigir, cobrar e auxiliar os deficientes "
De acordo com Helena Holanda, o comportamento de alguns motoristas também deve ser reavaliado, pois há os que 'queimam' as paradas quando o usuário do transporte é um deficiente. “Há casos em que idosos caem na entrada ou saída do transporte. Alguns condutores às vezes nem esperam que essas pessoas se acomodem e dão partida bruscamente, ocasionando acidentes”, observou a vereadora.
A parlamentar afirmou que pessoas sem deficiência às vezes não querem entender as prioridades que esses grupos têm. “Peço aos meus pares que, junto a mim, possamos lutar por essas pessoas na Câmara. Precisamos dos 27 parlamentares desta Casa cobrando a aplicação das leis que garantem a acessibilidade a todos. É necessário criar mais leis e cumprir as já existentes. Vamos cobrar e fiscalizar essas clínicas, entidades públicas e privadas”, conclamou a todos, Helena Holanda.