Vereadora quer “Movimento JP sem Dor” contra automutilação e suicídio
A vereadora Eliza Virgínia (PSDB) chamou atenção para as práticas de suicídio e automutilação, durante seu pronunciamento, na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na manhã desta terça-feira (13). A parlamentar apoiou a campanha “Setembro Amarelo”, em alusão ao Dia de Prevenção Mundial ao Suicídio – comemorado em 10 de setembro – e sugeriu criar na Capital o “Movimento João Pessoa sem Dor”, braço do “Movimento Brasil sem Dor”.
“Devemos falar sobre o tema. O 'Setembro Amarelo' é um projeto que não deve ser renegado, ainda mais porque o suicídio e a automutilação têm acontecido também com crianças. O Brasil é o 8º País com mais suicídios e, na Paraíba, a cada três dias uma pessoa também o comete”, relatou Eliza, mostrando slides, estatísticas e vídeos sobre o assunto.
Horrorizada, a parlamentar comentou que há um grupo no WhatsApp divulgado no perfil de uma criança no Facebook que ensina várias formas de cometer suicídio.
“Há um rapaz com 10 mil curtidas em seu perfil no Facebook que, em vídeo, espreme o pescoço de um bebê pra ver a criança ficar roxa, só por prazer. Ele dá um grito na orelha do pequeno pra estourar o tímpano e ver o sangue escorrer. Além disso, há materiais na web com imagens de crianças de até 8 anos se mutilando, cortando os braços com objetos pontiagudos”, relatou Eliza.
[citacao] Pai, mãe, por favor, deem atenção ao seu filho. Vocês não têm noção do que acontece no Brasil e mundo, haja vista a onda absurda de pessoas doentes com depressão e que se deixam agredir dessa forma [/citacao]
Eliza Virgínia anunciou que participa do “Movimento Brasil sem Dor” e que pretende criar o “Movimento João Pessoa sem Dor”. “Quero que promovamos educação e conscientização contra as práticas do suicídio e da automutilação. Precisamos chegar ao cerne da questão e atacar o problema pela raiz. Vamos fazer um trabalho para salvar as crianças do Brasil”, clamou Eliza.
Na ocasião, a vereadora ainda defendeu um de seus projetos na CMJP para o combate da violência contra a criança e o adolescente. A iniciativa prevê que a Prefeitura da Capital seja responsável por capacitar professores, monitores e demais trabalhadores do ambiente escolar e de creches.
O objetivo é treinar esses profissionais para terem um olhar clínico a fim de que possam detectar casos de depressão, de crianças abusadas sexualmente, que se mutilam, são violentadas, entre outras questões que possam ferir a integridade física e moral.