Vereadora questiona o papel da educação sexual nas escolas

por Clarisse Oliveira — publicado 03/04/2017 21h00, última modificação 02/07/2019 12h03
Para Eliza Virgínia (PSDB), aulas estariam favorecendo uma iniciação precoce entre crianças e adolescentes

Segundo dados levados ao Plenário da na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) pela vereadora Eliza Virgínia (PSDB), o número de casos de HIV em crianças e jovens, de 10 a 19 anos, cresceu 3.100% na Paraíba. A parlamentar destacou que, apesar do ensino preventivo praticado nas escolas, o número HIV entre adolescentes só tem aumentado nos últimos dez anos.

Em pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira (4), Eliza Virgínia questionou o papel do ensino de educação sexual nas escolas. “A estratégia está funcionando de maneira contrária. A educação sexual está servindo como propaganda, e a propaganda é a alma do negócio. Está servindo como antecipação da vida sexual, e hoje temos um aumento de 3.100% do número de crianças e jovens com HIV”, concluiu. A parlamentar também associou o que chamou de ensino sexual precoce nas escolas com o aumento do número de crianças grávidas.

A vereadora Helena Holanda e os vereadores João Almeida (SD), Thiago Lucena (PMN) e Damásio Franca (PP) se acostaram ao pronunciamento da tucana. “O que vem se alastrando nos últimos anos é o fomento à iniciação prematura da sexualidade camuflada de orientação sexual e orientação de gênero. O resultado é esse: aumento de crianças com HIV, grávidas ou abusadas. É um problema que temos que enfrentar com celeridade”, declarou.

Já o vereador Marcos Henriques (PT) relacionou a erotização das crianças à mídia. “O tema não é tão simples. Não podemos atribuir todas as mazelas que existem a uma única coisa, quando temos uma mídia totalmente nociva à educação das pessoas. A mídia induz os indivíduos se iniciarem prematuramente na vida sexual. Colocar a culpa exclusivamente na política educativa é equivocado”, salientou.