Votação: escolas poderão discutir uso de drogas e Dia ‘D’ de combate à sífilis entra no calendário oficial da cidade

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) aprovou um projeto de lei autorizando a realização, em escolas públicas e privadas da Capital, de atividades que informem a respeito das consequências do uso de drogas lícitas e ilícitas. Outra matéria foi destaque e também recebeu aval positivo dos parlamentares, durante votação realizada na sessão ordinária desta quinta-feira (9). Trata-se da instituição do Dia ‘D’ de combate à sífilis no calendário oficial da cidade, a ser realizado todo dia 10 de dezembro.

“Temos pesquisas apontando danos violentos em decorrência do uso da maconha entre 12 e 20 anos de idade, algo que pode causar comprometimento da atividade cerebral. Precisamos de mais divulgação nas escolas, conscientizando a respeito de que o uso desses entorpecentes aumenta os índices de suicídio e os casos de psicose”, alertou Carlão, autor da matéria que institui nas unidades de ensino, públicas e privadas do Município, atividades que tenham o objetivo de transmitir aos estudantes informações relativas às consequências do uso de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.

A esse respeito, a vereadora Sandra Marrocos (PSB) fez questão de salientar que a discussão antidrogas nas escolas deve ser um assunto recorrente, e recomendou que outras abordagens sejam levadas em consideração.

“O viés farmacêutico, como o uso exacerbado de remédios, que também causa danos, deve ser lembrado. Que não haja a mordaça da hipocrisia. A exemplo, não podemos criminalizar o uso medicinal da maconha, retirando do ciclo de conscientização a vertente utilizada na saúde pública, que oferece benefícios a muita gente que precisa e faz o uso medicinal da planta. Vamos discutir a questão do alcoolismo, do uso do crack, da cocaína e debater com rigor todas as vertentes dessas drogas, sinalizando que a associação dessas várias substâncias é algo que faz mal à saúde”, sugeriu Sandra Marrocos.

Sífilis é quatro vezes mais frequente em gestantes do que o HIV

Ainda durante a votação, Bruno Farias (PPS), autor do projeto de lei que institui na Capital o Dia ‘D’ de combate à sífilis, fez um alerta sobre o tema. “É importante levar em consideração que a sífilis pode ser transmitida por relações sexuais sem preservativos, ou transfusões de sangue, e que a mãe pode contaminar seu filho durante a gestação ou parto. O sexo seguro é uma das melhores formas de se combater a doença, que é quatro vezes mais frequente em gestantes do que o vírus do HIV”, destacou o parlamentar.

Honrarias

Os parlamentares da Capital ainda aprovaram dois projetos de decreto legislativo, justificados pela prestação de serviços de relevância à cidade, concedendo a Comenda João Paulo II ao Padre José Paulo Pires Braga, proposta da vereadora Raíssa Lacerda (PSD); e a Medalha Cidade de João Pessoa à advogada Mayra Andrade Marinho Farias, propositura do vereador Dinho (PMN).