Aulas presenciais: vereador solicita retorno das atividades na rede municipal de ensino
“Foi publicado, ontem, um decreto que flexibiliza a questão do ensino médio, permitindo que haja aulas de forma presencial ou híbrida nas escolas privadas. Enquanto isso, o ensino da rede municipal continua parado. Qual a diferença?”. O questionamento é do vereador Marmuthe Cavalcanti (PSL), que, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta terça-feira (4), lamentou que as atividades da rede municipal de ensino ainda não tenham sido retomadas.
"Por que não permitir que as aulas da rede pública municipal de ensino municipal voltem a ocorrer, tendo em vista que Ministério Público já recomendou a retomada presencial em todas as instituições de ensino. Por que isso não está previsto no decreto? Existem alunos diferentes, ou há um atestado de incompetência sendo assinado, de que a Prefeitura não está tendo capacidade de abrir de forma presencial para atender nossos alunos?”, criticou Marmuthe Cavalcanti.
O parlamentar chamou atenção para a necessidade emergencial de retomada das atividades na rede municipal de ensino, pelo menos, de forma híbrida. “Pelo que estou vendo, vai haver mais decretos postergando a assistência educacional a essas crianças. Estamos diante da criação de uma sociedade de ignorantes. Sem a educação, principal instrumento de transformação social, teremos um grande problema lá na frente. Daqui há dois ou três anos, vamos estar discutindo a construção de novos presídios. Quando não há educação, há prejuízo do desenvolvimento social da nossa cidade”, lamentou o vereador.
O vereador Carlão (Patriota) corroborou com a solicitação do colega parlamentar. “Lugar de criança é na escola. Precisamos correr com um plano de ação para retomada das aulas. O que precisamos fazer para essas crianças voltarem para as escolas e seus pais poderem ir trabalhar? As escolas municipais precisam estar ativas”, argumentou.
Os dois parlamentares pontuaram que os casos de abusos contra crianças e adolescentes aumentaram devido à privação de acesso ao ambiente escolar. “Mais do que um ambiente de educação, a escola é um ambiente de proteção”, argumentou Carlão.
Marmuthe Cavalcanti ainda voltou a cobrar a aquisição de tablets para que os alunos da rede municipal de ensino passam acompanhar as aulas remotas, e alertou para questão da insegurança alimentar dessas crianças, que não estão tendo acesso à merenda escolar.