Vereadores intermedeiam reunião de profissionais da saúde com Executivo Municipal
Profissionais da saúde estiveram nas galerias da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), durante a sessão ordinária desta quarta-feira (7), para apresentar uma pauta de reivindicações da categoria e solicitar uma reunião com o prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PV). O assunto foi tema de pronunciamentos e de reunião dos profissionais com os vereadores, ainda nesta manhã.
Durante a conversa, os vereadores conseguiram articular uma reunião da categoria com o secretário municipal de saúde, Adalberto Fulgêncio, para discutir a viabilidade das reivindicações e marcar um encontro com o prefeito Luciano Cartaxo. A audiência com o gestor de saúde vai ocorrer na tarde desta quarta-feira (7).
Representando a categoria médica, dos fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, agentes de saúde e enfermeiros, a fisioterapeuta Kelina Rocha afirmou que a pauta de reivindicações do movimento cobra a efetivação de direitos trabalhistas legítimos que, segundo os profissionais, não têm sido garantidos pela Gestão Municipal.
“São seis anos sem reajuste salarial. Os servidores de saúde do Município não têm piso salarial, data-base ou adicional noturno. O valor da insalubridade é irrisório. Está sendo muito difícil o profissional de saúde atuar no Município com as condições de trabalho e remuneração oferecidas”, declarou a representante do movimento.
O vereador Marcos Henriques (PT) lembrou que foi por meio de audiência pública de sua autoria que o movimento se estruturou para montar a pauta de reivindicações e pedir diálogo com a Gestão Municipal. “Esperamos reabrir o canal de diálogo, temos uma reunião com Adalberto Fulgêncio. Espero que ela flua, porque os trabalhadores estão cansados. Seis anos sem negociar com a categoria é muito tempo. Esperamos que a Prefeitura receba os trabalhadores e dê dignidade a eles, caso contrário, a greve geral por tempo indeterminado será inevitável”, avaliou.
A vereadora Sandra Marrocos (PSB) e os vereadores Bruno Farias (PPS) e Tibério Limeira (PSB) criticaram a Prefeitura e colocaram seus mandatos à disposição da categoria para o diálogo. “Meu mandato se soma à luta pelo cumprimento das progressões e por mais condições de trabalho”, garantiu Tibério Limeira. “Enquanto estivermos aqui, suas vozes ressoarão através de nossa ação política”, endossou Bruno Farias.
O líder da situação na Casa, vereador Milanez Neto (PTB), destacou que a bancada de governo na Casa sempre recebeu os profissionais de saúde, e que a gestão tem avançado na saúde pública. “O diálogo vai existir, como sempre existiu com todas as categorias. Na minha vida pública, não sou movido a aplausos ou a vaias, sou movido a argumentos. Argumentos de uma gestão que tem sido humana, não tem atrasado salários, nem descumprido compromissos. Uma gestão que nunca utilizou-se da Polícia Militar para retirar agentes de saúde deste Plenário”, afirmou, citando outras administrações. Ele lembrou ainda a efetivação de servidores agentes de saúde e a redução da carga horária de 40 para 30 horas de profissionais de enfermagem realizadas pelo prefeito.
Rebatendo o líder da situação, Leo Bezerra (PSB) sugeriu que o parlamentar não usasse outras gestões para justificar os problemas da Prefeitura da Capital. Ele destacou ainda que desde o início do seu mandato tenta agendar uma audiência com o prefeito para discutir a implementação do prontuário eletrônico na saúde do município, a lista de espera dos paciente para cirurgias eletivas e a construção do Hospital da Mulher, mas não tem resposta.
Já o vereador Carlão (DC) destacou avanços conquistados pela atual Gestão Municipal. “Antes de Cartaxo, tínhamos apenas uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Hoje temos uma cobertura completa, com mais três UPAs construídas. Como é possível colocar mais três UPAs para funcionar se não for contratando profissionais? Houve contratações. Não podemos admitir quem só joga pedra em uma gestão que trouxe melhorias para os profissionais e para os munícipes”, enfatizou.